terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cultura do Feijão

CULTURA DO FEIJOEIRO



1.1.METODOLOGIA

No presente estágio, os manejos efetuados foram indispensáveis para o cultivo do feijoeiro.Dentre os manejos destacam-se:Semeadura, forma de plantio direto, com o uso do herbicida Roundoup, para dessecação da área.Sendo que foi aplicado fertilizante no momento da semeadura.

Aplicação de uréia:143kg/há ,aos 45 dias.Aplicação de agrotóxicos:foram efetuadas aplicações com herbicidas,fungicidas e inseticidas.


2.0.RESULTADOS E DISCUSSÕES

A produtividade foi de 30 sacas por há.Uma quantidade razoavelmente boa, em relação ao potencial do feijoeiro.Acredita-se que os fatores limitantes da produção foram:quantidade utilizada de adubação no plantio, e uréia usada na cobertura.

Daqui em diante relata-se o manejo efetuado, dentre como o que se recomenda ser efetuado para a cultura do feijoeiro.Que vai do início, até o final do estabelecimento da cultura.


2.1.PREPARO DO SOLO

O preparo do solo pode ser realizado, na forma convencional, ou em sistema de plantio direto, dependendo do maquinário disponível pelo produtor, e conhecimento de técnicas de manejo adequadas.

O preparo do solo tem por objetivo básico, otimizar as condições de germinação, emergência, e estabelecimento das plântulas.

O preparo consiste em duas etapas no sistema convencional:o afrouxamento do solo, com o uso de arados e grades, usados também para a incorporação de corretivos e fertilizantes.No segundo passo se faz o nivelamento do terreno, depois efetua-se o plantio conforme o planejado pelo produtor.

No sistema de plantio direto, é basicamente efetuada a aplicação de herbicidas para o controle das plantas daninhas, e feito o plantio.Ou pode-se proceder o plantio e depois faz-se a aplicação de herbicida na pré-emergência.Na área do feijão foi efetuado o uso do herbicida Roundoup, utilizado na pré- emergência da cultura,na ordem de 2kg por hectare.


2.2.ESCOLHA DA VARIEDADE

Hoje no Brasil tem-se uma grande gama de variedades disponíveis para o plantio, que visam uma boa escolha da variedade para as diferentes regiões do país.Na cultura do feijoeiro do presente estágio, foi utilizada a variedade Uirapuru, de ciclo que corresponde a 110-120 dias, até sua completa maturação fisiológica.


2.3.TRATAMENTO DE SEMENTES

O tratamento de sementes tem por objetivo, a proteção da semente enquanto ela está em fase inicial de germinação no solo.O tratamento efetuado na parcela do feijão, foi com o objetivo de proteger a semente contra o ataque de insetos com o inseticida Cruiser.Para a proteção contra o ataque de doenças fungicas, foi utilizado o fungicida Spectro.


2.4.USO DE FERTILIZANTES

O uso de fertilizantes é essencial, para a suplementação de nutrientes pela planta. A aplicação de fertilizantes é na maioria na forma de NPK , que são os nutrientes mais importantes requeridos pelas culturas em geral.Na área do feijoeiro, foi utilizado o NPK 5-20-20, no ato do plantio.Foram também utilizada adubação nitrogenada na forma de uréia;143kg/há,45 a 50 dias.


2.5.ADUBAÇÃO FOLIAR

A adubação foliar tem por objetivo restabelecer o fornecimento de nutrientes à planta, de forma via foliar. Sendo que não existe literatura que comprove realmente, o aumento de produção por parte da cultura do feijoeiro.

É visível um melhoramento de estado da planta e aspecto mais esverdeado.Na parcela do feijoeiro foi utilizada a adubação foliar com os nutrientes:Molibdênio e Cobalto, na proporção de 0,5 kg por há.



2.6.DELIMITAÇÃO DA PARCELA E DENSIDADE DE SEMEADURA

A delimitação da parcela e densidade de semeadura, é muito importante, para que se possa estabelecer uma determinada área para que a planta possa estabelecer-se, sem problemas de falta de espaço para seu crescimento, e alta densidade de semeadura, que tanto pode vir a prejudicar a produtividade, quanto pode propiciar a infestação de doenças fungicas, pela pouca infiltração de raios solares.

A delimitação da parcela foi estabelecida conforme os resultados dos cálculos de densidade usados.No plantio foram utilizados 53kg de semente por metro linear.

Ocorreu uma visível desuniformidade no plantio em certas partes da parcela, os motivos podem ser vários, como:germinação desuniforme, desnível de semeadura, ataque da broca do colo entre outros.



3.1.ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DO FEIJOEIRO

Os estágios fenológicos do feijoeiro, são as fases pelas quais a planta passa, dentre eles, podem ser citados...

• V0:Germinação;

• V1:Emergência;

• V2:Desdobramento das folhas primárias;

• V3:Emissão das primeiras folhas trifoliadas:Neste momento evidencia-se o rápido desenvolvimento vegetativo da planta, o qual assume o ritmo máximo, somente no estádio seguinte;

• V4:Emissão da terceira folha trifoliada:Aumento da área foliar, qualquer estresse que ocorra nesta fase (hídrico, nutricional, competição com daninhas, fitotoxidade), podem prejudicar o desenvolvimento da cultura;

• R5:Florescimento:Aparecimento das primeiras flores;

• R7:Formação das vagens:Inicia-se o aparecimento das primeiras vagens, medindo mais de 2,5cm de comprimento.

• R8:Enchimento de vagens:Inicia-se o crescimento das sementes dentro das vagens.Ao final desta etapa, as sementes começam a perder a coloração verde, e começam a mostrar a cor característica da cultivar.

• R9:Maturação fisiológica:As vagens começam a secar, e a pigmentação começa aparecer característica.



4.1.COBERTURA DE SOLO

A utilização de cobertura de solo, é uma prática bastante usada na manutenção e na melhoria de sua fertilidade.Além dos aspectos físicos nos quais a palhada atua como proteção contra a erosão , como isolante térmico, protegendo o solo das grandes variações de temperatura, na manutenção da umidade em períodos de seca, e ainda no fornecimento de matéria orgânica.


4.2.FITOTOXIDADE COM HERBICIDAS

A aplicação de herbicidas compões um dos principais fatores de aumento de custo de produção.Várias técnicas são utilizadas para aumentar a eficiência destes, e diminuir seus custos, como alteração da dose a ser aplicada e associação entre dois ou mais princípios ativos.

Em contrapartida a fitotoxidade à cultura deve ser cuidadosamente analisada, para evitar danos às plantas e a produtividade.No presente estágio, constatou-se que o feijoeiro sofreu fitotoxidade com o herbicida seletivo Primatop,6 litros/há.Que representou uma visível perda de produção nas divisões da cultura do milho.


4.3.COLHEITA E PRODUTIVIDADE

A colheita é o processo pelo qual a produção passa ao término de sua maturação fisiológica, para a obtenção do produto.Antes e durante a colheita deve se proceder com algumas providencias, que garantam que o processo de colheita não apresente imprevistos, como é o caso de regulagens e revisões da colheitadeira, ou batedor de cereais, para que se perca o mínimo de produto possível.

Os grãos colhidos podem variar de umidade,sendo que o ideal é que seja feita com uma proximidade de 17% de U.R.Sendo que no momento da venda é considerado um desconto a partir de 14%, que é o ideal a ser armazenado.

Uma boa produtividade é sinônimo de garantia de colheita, mas existem fatores que interferem na produção, para estes deve-se ter um bom planejamento por parte do produtor no manejo completo que será realizado durante todo o transcorrer da cultura.


5.0.PRAGAS E DOENÇAS NA CULTURA DO FEIJOEIRO

As pragas e as doenças, podem ser as principais causas de perdas na produção, na cultura do feijoeiro.Pra isso recomenda-se alguns cuidados preventivos, e métodos curativos.


5.1.BROCA DO CAULE

Bemisia tabaci- Embora receba o nome de mosca branca, não se trata de uma mosca, pois estas soa de ordem diferente.São insetos muito pequenos.Medem pouco mais de 1,0 mm.Esse biótipo é mais agressivo e tem maior eficiência na transmissão do Bean golden mosaic , o vírus causador do mosaico dourado do feijoeiro.

A mosca branca possui uma ampla gama de hospedeiros, mais de 500 espécies botânicas, que incluem plantas importantes como a soja, de onde a mosca migra para o feijoeiro.É exatamente após o aumento da área cultivada de soja,é que a praga começou a ser muito prejudicial ao feijoeiro.

Ela causa danos no colo da planta, ela raspa ao seu redor, quando chega aos vasos condutores de seiva , ela debilita a planta, impedindo o fluxo de seiva às demais partes da planta.



5.2.MANCHA ANGULAR

Phaseoriospsis griseola – Seus sintomas típicos são encontrados nas folhas que apresentam lesões com formas geométricas, na forma de ângulos , devido à restrição do crescimento do fungo no interior dos tecidos pelas nervuras da folha.Quando o ataque é severo, observam-se lesões emendadas umas às outras,o que leva a uma perda da área fotossintetizante,passando a folha a apresentar coloração amarela, caindo prematuramente.

É possível observar sintomas em outros órgãos da planta, por exemplo nas hastes onde as lesões são alongadas, e também nas vagens,com lesões em forma circular,sem depressão.As sementes de plantas infectadas geralmente tem o tamanho e peso reduzidos.




5.3.ANTRACNOSE

Colletotrichum lindemunthianum- O fungo ataca toda a parte aérea da planta, e é nessa região que são observados os sintomas da doença.Os sintomas típicos são encontrados nas vagens que apresentam lesões circulares, de coloração marrom a escura e, dependendo do estágio de infecção, com depressões no centro das lesões por vezes,uma massa de esporos de cor rosada.

Nas folhas,os sintomas caracterizam-se por apresentar, na sua parte inferior, lesões necróticas, de cor marrom escura nas nervuras.Quando o ataque é severo, é possível visualizar essas lesões na face superior da folha, desenvolvendo também uma região clorótica e as folhas tendem a curvar-se para baixo, podendo ainda a área necrótica estender-se por todo o tecido foliar.

Temperaturas entre 13 a 27°C, com alta umidade doença e, favorecem a doença.Os sintomas da doença surgem cerca de seis dias após ser inoculado na planta.No presente estágio foi realizado o tratamento da antracnose com fungicida Amistar, feita a aplicação na parte aérea da planta, com a dosagem de 150ml/há.



5.4.FERRUGEM

Uromyces appendiculatus –Os sintomas são mais comuns nas folhas que,inicialmente apresentam manchas esbranquiçadas que depois, evoluem para pontuações de cor amarela com elevações no centro.Posteriormente essas pontuações aumentam de tamanho até que se rompem e formem o que é conhecido por pústula,que é o tecido da folha elevado como se fosse um “vulcão”.No seu centro encontra-se intensa esporulação de cor pardo-avermelhada à marrom.Essas pústulas são sintomas típicos da ferrugem no feijoeiro.

Os esporos do fungo são facilmente disseminados pelo vento, homem, implementos agrícolas e animais.As condições ideais para a ocorrência da doença são temperaturas entre 16 a 25°C.Temperaturas elevadas acima de 35°C tendem a inibir a ocorrência da doença.

Como medidas de controle, recomenda-se o uso de cultivares resistentes, a rotação de culturas,remoção de restos culturais,plantio em períodos que se evite a temperatura e umidade ideal para o fungo.O tratamento no presente estágio foi realizado para todas as doenças fungicas com o uso do fungicida Amistar, com dosagem de 150ml/há.



5.5.MOFO BRANCO

Sclerotinia sclerotiorum –Os primeiros sintomas aparecem como reboleiras,principalmente em local de plantio adensado e com acamamento de plantas.Nos órgãos como hastes, folhas e vagens, os primeiros sintomas são manchas encharcadas, seguidas por uma espécie de massa branca e de aspecto cotonoso, que são as estruturas do fungo.

A doença pode se desenvolver dentro de uma faixa de temperatura muito ampla, ou seja de 5 a 30°C,porém a umidade é fator essencial para a sua ocorrência em áreas irrigadas.

O controle da doença deve começar por medidas que evitem a entrada do patógeno em áreas onde este ainda não tenha ocorrido,como uso de sementes certificadas, limpeza de implementos, evitar o tráfego de pessoas, carros e animais de localidades onde haja contaminação, para as áreas não contaminadas.



5.6.CRESTAMENTO BACTERIANO

Xanthomonas axonopodis pv.phaseoli –É uma doença que ocorre na cultura do feijoeiro, principalmente em regiões úmidas e quentes.No Brasil, é problemática em todos os estados da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, principalmente no plantio das águas.No exterior sabe-se que pode causar perdas de até 45%,porém, no Brasil, não se tem estimativa da extensão do dano que pode causar.

A bactéria ataca toda a parte aérea da planta,sendo os sintomas visualizados em caules, folhas, vagens, e sementes.Nas folhas inicialmente aparecem pequenas manchas em que o tecido tem o aspecto encharcado e translúcido.Essas manchas evoluem para lesões de coloração parda com bordas amarelas, tornando o tecido quebradiço.

No caule e nas vagens, as lesões podem ser deprimidas e encharcadas que por sua vez , pode apresentar coloração avermelhada.Em ataques severos, há intensa desfolha.As sementes doentes tem aspecto enrugado e com escurecimento de tecido na região do hilo.

O controle deve ter mais o aspecto preventivo, pois não existe nenhum produto químico, de eficiência comprovada para o controle curativo da doença. A primeira medida a ser adotada é o uso de sementes livres do patógeno.Em alguns países, o nível de tolerância é zero para a incidência de X.axonopodis pv Phaseoli em sementes de feijão.

O controle desta doença é fundamentada no uso de sementes sadias, no emprego de cultivares resistentes, rotação de culturas, remoção de plantas doentes, e incorporação dos restos culturais.


5.7.VAQUINHA

Diabrotica speciosa- É uma espécie de besouro muito pequeno, de cor esverdeada, com três manchas amareladas em cada asa superior.As fêmeas põem seus ovos no solo.Suas larvas, após a eclosão, podem penetrar nas raízes do feijoeiro e danificá-las, além de servirem de porta de entrada para patógenos do solo, sobretudo espécies de Fusarium sp. Porém os adultos são os que tem maior potencial de dano ao se alimentarem das folhas.

Principalmente em populações elevadas, há casos que até mesmo a gema apical da plântula é atacada, e esta levada a morte.Para o controle da vaquinha e das demais pragas que atacam o feijão, foi realizado o controle com o inseticida Curyon, na dose de 120ml/há.


6.1.PLANTAS DANINHAS

As plantas daninhas na cultura do feijoeiro, prejudicam principalmente com a competição de espaço com a cultura, e a absorção de nutrientes, além de poder ser uma planta hospedeira de inoculo de doenças fungicas e bacterianas.

Seu controle pode ser feito em pré-emergência, ou pós-emergência, dependendo do tipo de planta daninha.Pode se usar herbicidas:seletivos, não seletivos, de contato e sistêmicos,sendo que se deve optar por aquele que seja recomendado o seu uso para a determinada daninha.

O seu controle é essencial para garantia de melhor produtividade.No presente estágio, o controle foi feito com o herbicida seletivo:Robust, em uma dosagem de 900ml/há.


6.2.MANEJO NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA

No desenvolvimento da cultura do feijoeiro foram efetuados os devidos controles contra as plantas daninhas,e doenças que acometeram a cultura,com seus respectivos produtos, nas suas devidas recomendações já citadas.

A aplicação de agrotóxicos, adubação e fertilizantes foi efetuada com o uso de trator e seus respectivos implementos, nas necessidades precisas.





REFERENCIAL

REUNIÃO TÉCNICA CATARINENSE DE MILHO E FEIJÃO, 5,2005,Chapecó, SC:Epagri-Cepaf ,2005.336p.


CADERNO DE CULTURAS ANUAIS-FEIJÃO,2008.


NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DO FEIJOEIRO,Ciro Antonio Roselem , Piracicaba :Associação Brasileira para pesquisa de Potassa e do Fosfato ,1987.93p.il.(boletim técnico 8 ).


APOSTILA DE ARROZ E FEIJÃO,Embrapa, pesquisa em foco, maio de 1998.


Sites consultados

Arroz e Feijão,www.embrapa.com.br

www.cnpaf.embrapa.br/feijão/historia.htm

Aviicultura de Corte

CAPITULO III – AVICULTURA DE CORTE



3.1.1.ESCOLHA DO LOCAL

O local a ser escolhido deve ser, e atender aos seguintes quesitos:

   Disponibilidade de água potável;

• Disponibilidade de energia elétrica;

• Boas vias de acesso;

• Terreno com boa drenagem;

• Local arejado e de boa ventilação;

• Isolado de animais;

• Afastado no mínimo 3x o tamanho do pé direito, de barrancos, com facilidade de desmoronamentos.



3.1.2.CONSTRUÇÃO DO AVIÁRIO

O aviário deve ser construído no sentido leste-oeste, para que os ventos não provoquem danos facilmente.Deve-se ter árvores, à cima, e à baixo do aviário, a uma distancia de 10 metros do mesmo.

As dimensões podem variar bastante, no colégio é de 100x12, a mureta pode ser de 40 a 50 cm, com isto deve-se avaliar alguns requisitos:

• Quanto menor a largura, melhor será a ventilação;

• Pé direito de no mínimo 3,20 metros;

• Estruturas:metálicas, concreto ou madeira;

• Telhado que propicie boa absorção de calor;

• Tela lateral malha 2, para que não entre aves silvestres que possam trazer doenças para os frangos.



3.1.3.CAMA DO AVIÁRIO

Os cuidados com a cama são indispensáveis, para a condução adequada dos lotes.



3.1.3.1.CARACTERÍSTICAS DA CAMA

A cama tem por objetivo principal, proporcionar ao frango conforto, absorver a umidade presente no solo e no ar,isolar termicamente as aves, evitar o aparecimento de calos.

O material utilizado como cama, pode ser variado:maravalha, casca de arroz, casca de café, feno, tendo em vista que deve-se optar por um material que possua as seguintes características:

• Boa capacidade de absorção de umidade;

• Facilidade de liberação de umidade;

• Partículas de tamanho médio;

• Livre de pó;

• Boa capacidade de absorver impactos.



3.1.3.2.MANEJO DA CAMA

No vazio sanitário entre lotes, deve-se fazer a desinfecção da cama, fermentando-a com ajuda de uma lona, ou com solução de formol e colosso.Depois aplica-se cal virgem, que proporciona uma considerável desinfecção da cama.

Para que a cama não fique úmida constantemente, deve-se fazer ao menos uma vez por dia seu revolvimento, para dicipação da umidade. Se ocorrer encharcamento da cama,por alguma falha ou descuido, deve-se retirar e repor cama nova.



3.1.3.3.FERMENTAÇÃO DA CAMA

Entre os intervalos de lote é realizada a fermentação da cama.Que tem por objetivo a sua desinfecção, e o controle parcial dos cascudinhos, e eliminação máxima das bactérias, fungos e microorganismos, que possam vir a proporcionar doenças e mal estar ao lote.

Para efetuação da fermentação foi estendido uma lona preta de 200 micras, em toda a extensão do aviário, sem deixar nenhuma entrada de ar, pois a fermentação é anaeróbica.A lona foi deixada durante 6 dias.Depois do início da fermentação, os cascudinhos vieram para cima da lona, daí foi aplicado o ectoparasita de ampla ação Colosso, 1 litro/400 litros de água.



3.2.1.PREPARO DO AVIÁRIO PARA O RECEBIMENTO DOS PINTINHOS

O local onde vão ser alojados os pintinhos, é denominado de pinteira, é um local onde se tem um melhor controle de temperatura e umidade.Na chegada dos pintinhos ao aviário, a temperatura deve estar entre 28 e 32°C, que é a temperatura ideal para que os pintinhos desenvolvam-se bem.

No preparo da pinteira, foram realizados os seguintes procedimentos:

• Retirada parcial da cama em 8 vãos;

• Distribuição dos comedouros na área correspondente aos 8 vãos;

• Colocação da cama nova;

• Distribuição de jornais com ração na pinteira;

• Regulagem do nipple,na altura do pescoço dos pintos;

• Distribuição dos canos metálicos,onde transita o ar quente da máquina de calefação, responsável pelo aquecimento da pinteira, onde foi iniciado seu aquecimento, 6 horas antas da chegada dos pintos.



3.2.2.RAÇÃO

A ração deve ser de boa qualidade,possuir partículas uniformes, ser de boa digestibilidade.Foram recebidos no decorrer do lote dois tipos de ração:inicial e final.

A ração inicial possui muitos antibióticos.A final tem por objetivo principal suprir as necessidades nutricionais nesse período, e limpar o organismo do frango, do excesso de medicamentos.Foi utilizada a ração inicial de 1 a 17 dias, ração final: 18 até o final do lota ;35 dias.



3.2.2.1.DESPERDICIO DE RAÇÃO

O desperdício de ração, é em função da forma de:abastecimento dos comedouros,cuidados com os comedouros,altura dos comedouros, e estado de conservação dos mesmos.

Desperdício de ração significa perda de dinheiro, por isso deve-se ter cuidados com as práticas de manejo com os comedouros, para evitar a perda de dinheiro.O desperdício evidencia um resultado nada satisfatório, no cálculo da conversão alimentar.



3.2.3.RECEBIMENTO DOS PINTINHOS

Os pintinhos chegaram às 14:00h,foram distribuídos uniformemente em toda a pinteira.O lote continha 16500 machos da linhagem Ross, apresentavam uma considerável desuniformidade,e grande número de refugos.A primeira água que beberam foi um soro feito com água e sal, com objetivo de hidratação corporal.

Após a chagada foram dispostos folhas de jornais para estimula-los a comer.A temperatura é de extrema importância para o desenvolvimento dos pintos, se a temperatura é baixa, o consumo de ração diminui, e consequentemente seu desenvolvimento é mais lento.

Na primeira semana o ideal é que a temperatura fique entre 28 e 32°C,na segunda semana é de 26 a 30°C.Sendo que na chegada dos pintos a temperatura estava em 28°C.



3.3.1.EQUIPAMENTOS

O controle dos equipamentos é muito importante para um bom controle do manejo realizado no decorrer do lote.


3.3.2.NIPPLE

Nos primeiros dias o nipple deve estar disposto na altura do olho do pintinho,depois da primeira semana deve estar de forma que construa um ângulo de 45°.A vazão de água da primeira semana deve ser de 50 ml/min, na segunda semana de 70 ml/min, e na terceira semana em diante de 90 ml/min.

O nipple é um equipamento que deve estar sempre bem regulado, e revisão.No presente lote , evidenciou-se sérios problemas de vazamento nos nipples, devido a falta de manutenção.



3.3.3.COMEDOUROS

Ao término de cada lote é realizada a manutenção de todos os comedouros, para que durante o lote, o menor número possível de comedouros apresente falhas que podem contribuir para o desperdício de ração.

Na primeira semana usa-se o prato com ¼ da capacidade total.Os comedouros tabulares utilizados, devem estar enterrados , uma parte de sua bandeja, para que os pintinhos alcancem melhor o alimento.



3.3.4.VENTILADORES

Tem por objetivo,amenizar a temperatura em dias muito quentes, troca de ar, quando a amônia está em demasia.No lote os ventiladores não foram utilizados para diminuir a temperatura, mas sim para a retirada da amônia presente no ar.

A utilização era apenas momentânea, sendo ligados, e logo desligados para que não ocorresse uma diminuição brusca de temperatura no dias frios.



3.3.5.NEBULIZADORES

Os nebulizadores tem vários objetivos, dentre eles, aumentar a umidade do ar, umedecer a cama, ajudar no resfriamento do ambiente.No lote os nebulizadores forma utilizados apenas para o umedecimento da cama, para posterior colocação da cama, e fermentação da cama.



3.3.6.MÁQUINA DE CALEFAÇÃO

Tem por objetivo o aquecimento da pinteira, e de todo o aviário, quando a temperatura é menor que a ideal.A máquina é aquecida a lenha, sendo composta também, por canos que são dispostos na extensão do aviário, para levar o calor mais distante. No presente lote os canos foram retirados com 16 dias,visada a não necessidade de uso.



3.3.6.1.CONTROLE DE TEMPERATURA

O controle da temperatura tem por objetivo propiciar conforto, e um bom clima para o desenvolvimento das aves. O manejo ideal de se manter a temperatura para os frangos de corte é a seguinte:

• 1 a 7 dias 28 a 32°C;

• 8 a 14 dias 28 a 30 °C;

• 15 a 21 dias 26 a 29°C;

• 22 a 28 dias média de 23°C;

• Acima de 29 dias média de 21°C.



3.3.7.MANEJO DO LOTE

Existem aspectos que devem ser observados, para que haja um bom controle do desenvolvimento do lote, como tais:

• Controle diário do consumo de água;

• Enchimento doa comedouros quando necessário;

• Retirar partes emplastadas de cama, e repor com cama nova;

• Seguir o programa de luz indicado;



• Pesar no mínimo semanalmente as aves;



• Revolvimento da cama para dicipação de umidade;



• Pesar o lote somente de madrugada;



• Atingir 100% do aviário até os 16 dias;



• Regular a altura dos comedouros;



• Colocar repartições ao longo do aviário;



• Altura dos comedouros:Deve ser suficiente para que a ave não se alimente deitada.



3.4.1.MANEJO DAS AVES MORTAS

As aves mortas,são retiradas diariamente do aviário, coletadas com o recipiente específico para a coleta, no caso um balde, somente para o manejo das aves mortas.O destino das mesmas é a composteira.

Muitas vezes foi realizado a seleção das aves, descartando as doentes e refugos, que não tiveram um desenvolvimento pleno.Devemos recolher as aves mortas o mais rápido possível, para evitar que se decomponham na cama.Foi constatada a morte de 6,3 % do lote.



3.4.2.COMPOSTEIRA

A composteira de aves tem por objetivo ser o destino final das aves mortas, onde seus restos são colocados na repartição da composteira, e colocado cama velha sobre elas.Ali ocorre o processo de decomposição das aves, que pode ser aplicado na lavoura.

Não se deve utilizar restos de cama muito úmida, pois elevam demais a temperatura de fermentação.




3.4.3.MANEJO DE LUZ

O manejo de luz tem como objetivo proporcionar mais horas de luz para as aves, para que possam se alimentar com mais freqüência.Tendo em vista um melhor aproveitamento de Tempo, e fazendo com que as aves cresçam de maneira acelerada.


3.4.4.CARREGAMENTO

O carregamento foi iniciado às 00:30, e terminou às 04:30 na segunda- feira, 18 de Maio.Foram carregados 15450 frangos, que foram destinados ao abate.

No carregamento foram descartadas 20 aves.As aves foram transportadas em 4 caminhões.Os frangos saíram com média de 2,100 kg, equivalentes à 35 dias, com uma converção alimentar de 1.54.


3.5.0.DOENÇAS

O cuidado com as doenças no decorrer do lote é fundamental, para que se possa ter um bom controle fitossanitário dos frangos.


3.5.1.ONFALITE

A onfalite é uma infecção bacteriana do umbigo, que acomete os pintinhos no primeiros dias de vida.O orifício umbilical que normalmente fecha-se com 72 horas depois do nascimento, mas quando seu fechamento não ocorre normalmente, ficando inflamado e úmido, torna-se uma porta de entrada para bactérias.

Os sintomas da onfalite são:debilidade geral, tendência a aglomerarem-se perto de uma fonte de calor, e morte súbita.O tempo que a doença age no organismo da ave é rápido, pois geralmente vem a morrer no dia seguinte em que se percebeu os sintomas.

Não existe tratamento curativo contra onfalite,apenas preventivo, a cama deve estar livre de contaminação, Para isso deve-se fazer uma boa desinfecção da mesma, nos intervalos dos lotes.Não foi evidenciada a presença de Onfalite no lote.



3.5.2.ASCITE

É uma doença que muitas vezes pode estar relacionada a ordem genética, principalmente em linhagens de crescimento rápido, atingindo na maioria das vezes os machos.

Caracteriza-se pelo acúmulo de água na cavidade abdominal, também conhecida como barriga d´agua, ou síndrome ascítica.Seus sintomas são:Apatia, crista e barbela arroxeadas, penas eriçadas, dificuldade de locomoção, perda de peso, peitoral inchado. Suas perdas são elevadas, em conseqüência da morte de frangos à campo.No abate estes frangos são descartados, identificados devido às seguintes características:Coração aumentado de tamanho e amolecido, pulmões inchados, rompendo-se facilmente, fígado com acúmulo de sangue e bordas aumentadas.

O controle da doença baseia-se em reduzir todas as condições que predisponham as aves à condições deficientes em oxigênio.No presente lote, após os 29 dias foi detectada a presença de ascite em alguns pintos.



3.5.3.GUMBORO

Também conhecida como ( Doença infecciosa da bolsa), é uma doença aguda, altamente contagiosa, causada por um vírus que ataca os tecidos linfonóides da bolsa de fabricius.Ataca geralmente os pintos que estão fracos em anticorpos.

O vírus dissemina dentro de um lote de aves por contato direto, por inalação e consumo de alimentos contaminados.A infecção atinge inicialmente as células linfonóides das víceras,como ceco, duodemo, fígado, e por último a bolsa de fabricius, destruindo o sistema imunológico e facilitando a entrada de outras doenças.

Sintomas:Retardamento no crescimento, depressão, anorexia, penas eriçadas, desidratação, tremores, diarréia e mortes.As infecções caracterizam –se pelo aumento da bolsa,com hemorragia.Não existe método curativo, apenas preventivo.



3.5.3.1.VACINAÇÃO CONTRA GUMBORO

É uma forma de controle, contra o gumboro, sua ocorrência causa grandes prejuízos, por isso deve-se ter cautela com o esquema de vacinação,deve-se conservar a vacina refrigerada entre 2 a 8°C,realizar um planejamento para que ocorra tudo certo em sua execução,ver prazo de validade, preparar a vacina na sombra.

Foi efetuada a prevenção com o uso da vacinação no incubatório e o reforço aos 15 dias, utilizando-se CEVAC IBD L ,4 frascos equivalentes a 15000 doses.

O procedimento foi o seguinte:suspendeu-se a água durante 3 horas, preparou-se a vacina na caixa, e depois liberou-se para ingestão.O objetivo disto é que as aves consumam rapidamente a vacina, e em maior quantidade.



3.6.1.RODOLÚVIO

O rodolúvio é um equipamento que está disposto na entrada dos aviários, tendo como principal objetivo a desinfecção dos veículos que entram no domicílios do aviário.

É utilizado o desinfetante AVT 500, composto por amônia quaternária, e gluteraldeído, na solução de 1litro/1500-2000 litros de água.Todo e qualquer veículo que entre no pátio do aviário, deve sempre passar pela desinfecção no rodolúvio.








REFERENCIAL



CAPITULO III – AVICULTURA DE CORTE

PETROLLI,Osmar-Caderno de Avicultura de Corte – Xanxerê,2006

Meus artigos: Suinocultura

CAPITULO I – SUINOCULTURA


1.1.0.PRÉ – GESTAÇÃO

         As matrizes na fase de pré –gestação, são aquelas que saíram da maternidade ou desmame,e as marrãs de reposição do lote.Que recebem cuidados referentes ao manejo,alimentação e cobertura, levando em conta o IDC (Intervalo Desmama Cio),para que se faça o manejo de cobertura,ou inseminação no momento indicado,que é 12 horas após o aparecimento dos primeiros sinais de cio.


1.1.1.ALIMENTAÇÃO NA PRÉ – GESTAÇÃO

       As matrizes recebem na fase de pré- gestação 3,0kg de ração/dia até a cobertura,com objetivo principal de indução ao flushing,que consiste no aumento da ovulação ,provocando aumento no número viáveis de óvulos,e elevando as taxas de concepção e fecundação,para que se possa obter um maior número de leitões por leitegada.


1.2.0.GESTAÇÃO

       A fase de gestação compreende desde o dia da cobertura até o dia do parto.Que tem duração média de 114 dias,podendo variar de 112 a 116 dias normalmente,dependendo do manejo realizado,e fatores relacionados ao meio ambiente.A fase é dividida em dois períodos,são eles:

• Embrionário:da cobertura aos 24 dias;

• Fetal: dos 25 até o parto.


1.2.1.ALOJAMENTO DAS MATRIZES GESTANTES

    As matrizes são alojadas em box, dispostos em fileiras um em frente aos outros,com um corredor central,o que favorece o convívio dos animais e o manejo dos demais.As dimensões das mesmas são as seguintes:

• Comprimento:2,40 metros;

• Altura:1 metro;

• Largura:0,60 metros.

    Os cochos e os bebedouros coletivos,devem ser construídos acima do nível do piso,sendo lavado o menos possível,mas claro sempre se mantendo limpo,é porque a umidade contribui para o desenvolvimento de problemas de casco.
    O piso é 2/3 compacto e 1/3 ripado,com declividade de 5%,para o escoamento de fezes e urina.O galpão de possibilitar uma boa areação,juntamente com conforto para os animais.



1.2.2.ALIMENTAÇÃO DAS MATRIZES E REPRODUTORES

Esta fase representa as matrizes e os reprodutores que recebem concentrado gestação,divididos em três tratos diários.Com a seguinte quantidade:

• 0 – 45 dias de gestação:2,5 kg/dia;

• 46 – 74 dias de gestação:3,0 kg/dia;

• 75 – dia antes do parto:3,5 kg/dia;

• Reprodutores:3,0 a 3.5 kg/dia.



1.2.3.TRATMENTO DOS CASCOS

Para melhor controle e prevenção de problemas com os cascos,todas as matrizes dos boxes de gestação foram submetidas à aplicação local de uma solução desinfetante.

Outra forma é o uso curativo da mesma solução em diferentes formas de aplicação,por um período de 20 segundos,na seguinte solução:

• 500g de sulfato de cobre;

• 1 litro de formol;

• 19 litros de água.



1.3.0.MATERNIDADE OU LACTAÇÃO

Fase que compreende do dia do parto até o dia da desmama,sendo a mais importante, pois define o número de leitões desmamados, sustentando a produção.


1.3.1.PUBERDADE

É a época no qual os animais atingem a maturidade sexual, coincidindo nas fêmeas com o aparecimento do primeiro cio, e nos machos com o aparecimento dos primeiros espermatozóides.Que nas marrãs pode ir de 3 a 7 messes de idade,nos machos é ligeiramente retardada.



1.3.2.CARACTERÍSTICAS DO CIO NA PORCA

As porcas em cio apresentam as seguintes características psicológicas e fisiológicas:

• Procuram o macho;

• Montam uma nas outras;

• Respondem positivamente ao reflexo de imobilização;

• Entumecimento da vulva;

• Nervosismo e excitação;

• Redução do apetite;

• Grunhidos característicos;

• Micções freqüentes;


1.3.3.ALOJAMENTO DAS MATRIZES E LEITÕES EM LACTAÇÃO

Quando as matrizes atingem 107 dias de gestação,elas são transferidas para a maternidade, onde vão parir e amamentar os leitões.Na hora da transferência, as matrizes são lavadas e desinfetadas com detergente específico,principalmente nas regiões do teto,úbere,vulva,cauda e pés.Após a limpeza são transferidas para a maternidade ,previamente lavada e desinfetada.

São alojadas em baias parideiras, com as seguintes dimensões:

• Comprimento:2,40 metros;

• Largura:0,60 metros;

• Altura:1 metro.

Para os leitões é recomendado um escamoteador aquecido, para suplementação de temperatura, com as seguintes dimensões:

• Comprimento:0,90 metros;

• Largura:0,60 metros;

• Altura: 0,90 metros.



1.3.4.ALIMENTAÇÃO DAS MATRIZES E LEITÕES

No dia do parto as porcas não recebem concentrado. A partir do dia após o parto elas começam a receber concentrado lactação, dividido em três tratos diários,da seguinte forma:

• 1 dia :1kg /dia;

• 2 dia :2kg /dia;

• 3 dia :3kg /dia;

• 4 dia :4kg /dia;

• 5 dia :5kg /dia;

• A partir do sexto dia as matrizes começam a receber 6kg/dia, até dois dias antes do desmame, elas recebem 3kg/dia, para reduzir a produção de leite,com objetivo de que não ocorra febre do leite ou mastite.


Os leitões começam a receber concentrado pré-inicial I, a partir dos 10 dias de idade,para que haja uma adaptação do trato digestivo do animal,com ração seca.

A ração pré inicial I, é composta por 50% de produtos lácteos,sendo o restante,matéria seca pré cozida.




1.3.5.MANEJO DOS LEITÕES NO DIA DO PARTO

Tanto o manejo dos leitões,como a observação na hora do parto são fatores determinantes para a quantidade de leitões nascidos vivos,os manejo que devem ser realizados no dia do parto são os seguintes:

• Amarrar,cortar e desinfectar o cordão umbilical do leitão, após no mínimo 5 minutos de sua expulsão;

• Colocar o leitão logo ao nascer, para mamar o colostro;

• Após a mamada do colostro,coloca-los no escamoteador,já aquecido;

• Cortar os dentes do leitão,de preferência,algumas horas após o nascimento;

• Pesar a leitegada.



1.3.6.IMPORTÂNCIA DO COLOSTRO

O leitão nasce praticamente sem nenhuma proteção contra organismos patogênicos existentes no ambiente.O colostro é o principal alimento do leitão ao nascer,é rico em anticorpos energia para animal.

A capacidade do leitão para observar os anticorpos existentes no colostro é limitada, a capacidade de absorção começa a diminuir logo após o nascimento, e 24 a 36 horas depois, não ocorre mais absorção.

O melhor é que seja colocado a mamar até a primeira hora de vida.



1.3.7.MANEJO DOS LEITÕES NO TERCEIRO DIA

Os manejos realizados no terceiro dia de vida do leitão, também são importantes para o restante de sua vida;

• Aplicar 2.ml/leitão de ferro, via intramuscular,pois as reservas da porca não são suficientes;

• Aplicar 2ml de baycox,via oral,preventivo de Coccidiose;

• Realizar o corte da cauda do leitão.

• Do terceiro ao quinto dia ,aplicação de 2 ml para micoplasma.



1.3.8.MANEJO DOS LEITÕES NO DÉCIMO DIA

Os manejos realizados por volta dos dez dias são os seguintes:



• Aplicar vacina preventiva de Leptospirose e Parvovirose,5 ml/porca;

• Se necessário, realizar a castração dos leitões, para evitar o odor sexual do macho na fase de terminação.

• Na porca aplicação de bioleptogem(preventivo leptospirose e parvovirose) 5ml intra muscular.

• Castração.

• Pesar a leitegada.



1.3.9.MANEJO DOS LEITÕES NA DESMAMA

A desmama é uma prática que deve ser realizada com planejamento,para que não ocorra falhas nos dias da transferência dos leitões.Tais como os devidos manejos:

• Pesar a leitegada;

• Efetuar a revacinação de todos os leitões para Micoplasma;

• Separar os leitões da porca e transferir ela de volta para o galpão de gestação.



1.4.0.CRECHE

É o período que compreende, desde o dia do desmame até 45 dias de vida do leitão,no qual passa a ser transferido para o galpão de crescimento.



1.4.1.ALIMENTAÇÃO DOS LEITÕES NA CRECHE

A alimentação dos leitões na creche consiste no emprego de dois tipos de ração;pré – inicial I,e pré – inicial II.No período desde o desmame até em torno de 45 dias de vida.

Nas trocas de ração é realizada uma mistura das mesmas,para que o organismo do animal possa melhor se adaptar à ração seca.A realização da mistura dura 4 dias, da seguinte forma:

• 1 dia:75% da atual ração,25% da nova;

• 2 dia:50% da atual ração,50% da nova;

• 3 dia:25% da ração anterior,75% da nova,

• 4 dia:100 da ração nova.



1.4.2.ALOJAMENTO DOS LEITÕES NA CRECHE

É uma instalação que abriga os leitões desde a desmama até o período de recria.Sua localização deve ser próxima da maternidade e da recria,para facilitar o manejo de transferência.

A alimentação pode ser de várias formas,sempre se respeitando as trocas de ração.Alojados em baias suspensas do chão, com até um metro,com as seguintes dimensões:

• Comprimento:2 metros;

• Largura:1,20 metros;

• Altura:0,60 metros.

O piso da baia deve ser vasado de plástico, o qual facilita a limpeza da baia.Na transferência da creche para a recria é realizada a pesagem dos leitões,para melhor controle da leitegada.



1.4.3.RECRIA

Compreende entre os 45 aos 60 dias de idade,é um período de preparação antes de ir para a fase de crescimento.

Nesta fase eles recebem concentrado inicial dos 46 aos 60 dias,tendo cuidado com o desperdício de ração, e suas trocas.



1.4.4.ALOJAMENTO DOS LEITÕES NA RECRIA

Os leitões são alojados em baias coletivas,com um metro de altura,piso de 2/3 compacto e 1/3 ripado, para o escoamento de fezes, urina e água.O cocho pode ser móvel,com regulagem de descida de ração.Bebedouros podem-se usar os de tipo chupeta ou ecológico, com água potável ,à vontade e fresca.

Na transferência da recria para a fase de crescimento,é realizada a pesagem para que se tenha um melhor controle de ganho de peso da leitegada.



1.5.0.CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

Fases única ,no qual é dividido os dois períodos, crescimento e terminação,da seguinte forma:

• Crescimento:dos 65 aos 120 dias;

• Terminação:dos 121 dias até o dia determinado para o carregamento.



1.5.1.ALOJAMENTO NA FASE DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

O galpão possui um corredor central,planejado para facilitar os tratos,sendo 0,75 m2/cabeça ,na fase de crescimento,e 1m2 na fase de terminação.As murretas, possuem altura de um metro.O piso é todo compacto com declividade de 5%, para escoamento de fezes e urina e água.

O cocho é tipo semi-automático,de chupeta junto ao murro da baia.O sistema de ventilação pode variar com o tipo de instalação,sendo que o mais utilizado é o manejo de cortinados.




1.5.2.ALIMENTAÇÃO NA FASE DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

O ganho de peso de peso do suíno na fase de crescimento e terminação,podes ser definido com a somatória da deposição de proteína,gordura e formação da estrutura óssea orgânica.

Esta fase compreende o maior consumo de ração da vida do animal, portanto o manejo correto de sua alimentação é indispensável para que não ocorra desperdício,mas sim o melhor ganho de peso relacionado a um a boa converção alimentar.

A base da formulação dos concentrados neste período é de : farelo de soja ,milho moído,em alguns casos óleo de soja,minerais e núcleos.

Recebem concentrado balanceado de boa qualidade ,com 3 tratos diários.Os suínos recebem cerca de 0,700 kg /dia de ração crescimento e até 1 kg /dia de ração terminação.



1.5.3.CARREGAMENTO

Em média 6 horas antes do carregamento o fornecimento de ração é suspendido,para realizar a dieta hídrica e realizar a limpeza do trato digestivo,facilitando assim na hora do abate do suíno.

O carregamento deve ser realizado nas horas mais frescas do dia, evitando percas de peso e estresse ao animal.Na hora do carregamento, é indicado se fazer a limpeza dos animais,na qual vai influenciar para que durante seu transporte seja sem estresse calórico em períodos quentes.




1.6.0.SANIDADE

A tendência da suinocultura mundial, tende a diminuir o número de granjas,devido aos aprimoramentos nos sistemas de produção.

A ocorrência de doenças nos rebanhos suínos diminui a lucratividade,por causar despesas adicionais,e reduzir a performance do desenvolvimento dos animais.No rebanho de terminação, as doenças influem negativamente na rentabilidade por meio dos gastos com vacinas para tratamento e a mortalidade de animais.



1.6.1.ECTOPARASITAS

São os parasitas que vivem externamente, sobre o organismo dos suínos.Os mais comuns são os dípteros,carrapatos e pulgas,distinguindo-se pela importância que assumem., a sarna sarcótica, e os piolhos.




1.6.2.LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A limpeza e desinfecção influem na garantia sanitária dos animais da granja,e diminuem a incidência de doença nos animais.

A limpeza das baias eram efetuadas no mínimo 3 vezes ao dia,retirando – se as fezes , urina e água, presentes nas instalações.

Após a troca de fase dos animais,as instalações eram lavadas, desinfetadas,e caiadas,para retirar todas as sujidades e microorganismos presentes no local.

A desinfecção preventiva vem merecendo cada vez mais atenção, quando se deseja combater os agentes causais.Uma desinfecção periódica pode ser realizada com intervalo de 7 dias, através da pulverização.

Uma desinfecção completa ,somente pode ser realizada se antes tenha sido feito uma boa limpeza, com objetivo de retirar toda a matéria orgânica,pois alguns detergentes não agem sob presença de matéria orgânica.Os passos são os seguintes:

 Limpeza prévia;

 Escolha do desinfetante;

 Desinfecção.




1.6.3.COLIBACILOSE

Causada pela Escherichia coli,manifesta-se de duas formas clínicas,a diarréia e a doença do edema.

Características:não causa grande número de mortes, reduz o peso do leitão,observa-se fezes amareladas na baia e os leitões com região da pele suja.

Controle:oferecer calor suplementar, evitar umidade, aplicação de antibióticos , efetuação de vacinação preventiva, limpeza adequada das instalações.




1.6.4.HIPOGLICEMIA NEONATAL

Etiologia:Ocorre principalmente em messes frios do ano,em criações onde não se fornece condições adequadas de manejo e ambiente.

Causas ligadas a porca:Síndrome de MMA(mamite metrite agaláxia), mastite hipoagaláixa, porcas nervosas,lesões no trato mamário,tetas cegas ou invertidas.Causas ligadas aos leitões que impossibilitam de alimentar-se:Mioplonia congênita,(tremores musculares),baixo peso ao nascer.causas relacionadas ao manejo e ambiente.

Instalações deficientes,falta de fonte de calor,falta de higiene no parto,não acompanhamento do parto e criador desinteressado.

As causas mais freqüentes da hipoglicemia são hipoagaláxia e agalaxia ,que tornam os leitões mais fracos,não conseguindo estimular a glândula mamária,e desencadear o fluxo de leite.

Sintomas:Depende da concentração de glicose no sangue.Os leitões caminham desorientados e gritam de fome,procuram deitar junto da mãe,aumentando as mortes por esmagamento.

A medida em que cai o nível de glicose no sangue,os leitões perdem o equilíbrio e caem.Os pelos ficam arrepiados, a pele fria,e o leitão apresenta convulsões.A morte ocorre 24 a 36 horas após o início do quadro. Tratamento:Corrigir as causas,que estão motivando a não alimentação dos leitões.




1.6.5.LEPTOSPIROSE

Incidência:porcas em gestação.Seus sintomas são:aborto na segunda metade da gestação,mortos ou mumificados,leitões fracos,mostram sinais de icterícia(mucosas amareladas).

Seu tratamento é através da aplicação de Streptomicina.O controle é através do programa de vacinação,controle rigoroso dos roedores das redondezas,limpeza e desinfecção das instalações.





















REFERENCIAL



CAPITULO I - SUINOCULTURA

PETROLLI,OSMAR.CADERNO DE SUINOCULTURA.Ano 2007 e 2008..

A agricultura em nosso cotidiano

Desde os tempos remotos, a agricultura é sinônimo de sobrevivencia, dela, extraímos recursos utilizados em nossa alimentação. Quando falamos em agricultura, não podemos falar em cadeias produtivas de maneira isolada, pois neste meio, tudo depende de outras cadeias, e até mesmo de fatores ambientais, que venham a representar um papel importantíssimo na produção agropecuária.
Para o suprimento da necessidade alimentícia humana, tornou-se imprecindível a produção de alimentos em grande escala. A modernização e os avanços tecnológicos, representam um considerável grau de auxílio, para que se possa tornar uma cadeia produtiva, rentável.Em nosso país, que é essencialmente agrícola, podemos destacar a influencia deste setor na balança comercial brasileira, na qual, graças à agricultura a mesma se mantém positiva.
Quando se pensa em ganhar dinheiro em determinada atividade agrícola, sempre nos passa pela cabeça, em qual setor investirmos.Este blog, tem a finalidade de demonstrar maneiras, métodos técnicos, e demais artificios para ingressar em algumas atividades agrícolas, ou mesmo realizar mudanças estratégicas para melhoramento na renda desta empresa agrícola.